Gestão financeira assume papel estratégico diante de cenário econômico desafiador 49i

A combinação de taxa Selic elevada — mantida em torno de 14% ao ano —, dólar acima dos R$ 6 ao final de 2024 e margens operacionais cada vez mais apertadas impôs novos desafios à gestão financeira das empresas brasileiras. Nesse contexto, a área deixou de ser apenas um setor de controle e ou a ocupar posição estratégica dentro das organizações.

A crescente pressão por eficiência e precisão nas decisões acelerou a adoção de tecnologias capazes de transformar dados em inteligência de negócio. Empresas que já investiram na digitalização da gestão relatam ganhos relevantes em agilidade e assertividade, o que se converte em vantagem competitiva em um mercado instável e altamente seletivo.

“Esse ambiente de pressão está acelerando uma transformação importante: a digitalização real da gestão financeira. Não falo de simplesmente migrar relatórios de Excel para PDF. Estou falando de plataformas que ajudam a antecipar riscos, reagir com velocidade e gerar inteligência a partir dos dados”, afirma Goldwasser Neto, CEO da fy.

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Segundo ele, a atuação dos CFOs também ou por uma mudança significativa. Deixaram de ser apenas guardiões das finanças para assumir um papel de liderança estratégica, com foco na antecipação de riscos, maior precisão nas decisões e mais eficiência operacional. “O papel do CFO mudou. Hoje, ele é peça-chave para garantir a resiliência e o crescimento do negócio”, completa.

Nesse processo, a tecnologia tem sido aliada fundamental. Plataformas especializadas têm permitido a centralização de dados, a automação de processos e a geração de visualizações analíticas que auxiliam na tomada de decisões em tempo real. Ainda assim, muitas companhias operam com estruturas defasadas. Um levantamento da Flash revela que 48% das empresas brasileiras ainda utilizam planilhas de Excel para organizar dados operacionais de colaboradores — um sinal de que a transformação digital na área financeira ainda enfrenta resistências.

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A expectativa, no entanto, é que esse cenário mude rapidamente. Com a pressão do mercado e a busca por maior competitividade, a digitalização tende a deixar de ser diferencial para se tornar padrão. A atualização de processos e a adoção de ferramentas inteligentes são cada vez mais urgentes para que as empresas consigam sustentar crescimento e eficiência em um ambiente econômico volátil e desafiador.

(Com Agência Brasil).