Empréstimo consignado traz consigo perigos ocultos; saiba quais 295c5d

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou dia 30 a lei que amplia a margem do empréstimo consignado de 35% para 40% para a contratação por servidores públicos, militares, aposentados e pensionistas do INSS.

Secretário de Previdência, Narlon Gutierre disse que a medida em vigor até o final deste ano facilita a operação de crédito com taxas mais íveis, sobretudo em meio à crise econômica desencadeada pela pandemia de Covid-19.

Também lembrou que já que é descontado direto da folha de pagamento do solicitante, muitas vezes o consignado é entendido como uma alternativa simples de empréstimo. No entanto, seu uso deve ser realizado com cautela para que as finanças não saiam do controle.

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Para evitar que as despesas não se tornem uma “bola de neve”, o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN), Reinaldo Domingos, analisou que algumas medidas devem ser adotadas pelo solicitante do empréstimo.

“O primeiro o a ser dado é mapear todos os gastos mensais para conhecer a fundo sua real situação financeira. Ainda antes de buscar pelo crédito, é preciso ter consciência de que o custo de vida deverá ser reduzido em até 40% do ganho mensal já que o consignado diminuirá seu pagamento diretamente do salário ou do benefício de aposentadoria. Desta forma, quem considera tomar o crédito precisa analisar se o valor debitado em parcelas não fará falta para os compromissos essenciais mensais”, disse.

Caso decida-se pelo crédito, os cuidados devem permanecer enquanto este for utilizado. “O consignado não deve fazer parte da rotina de um assalariado ou aposentado. O seu uso precisa acontecer de forma pontual e ter objetivos relevantes”, concluiu o presidente da ABEFIN.